13.4.09

Jornal Folha do Norte da Ilha



Geral

22/10/2008


Comunidades temem impacto de linha de alta tensão Moradores reclamam dos efeitos negativos do campo eletromagnético e de riscos de acidentes com crianças.Foto(s): Gilberto Gonçalves
As associações de moradores de Ratones, Vargem Pequena e da Comunidade Sol Nascente, no Bairro João Paulo, temem prejuízos para a população com a nova linha de transmissão de energia da Celesc, cujo traçado está nas proximidades das residências de 150 habitantes da região. As entidades realizaram um protesto contra a obra, com a participação de 50 pessoas, no posto de pedágio desativado da SC-401, que leva ao norte da Ilha, na primeira quinzena de outubro. A nova linha tem potência de 138 mil volts, seis vezes mais que a atual, e tem o objetivo de ampliar o abastecimento de energia da região, principalmente durante a temporada de verão, quando costuma entrar em colapso devido à demanda excessiva.“Não somos contra a construção da linha, que irá beneficiar as comunidades do norte da Ilha, mas queremos que a Celesc busque uma outra alternativa que não seja a de colocar as torres metálicas e os postes de concreto para sustentar a linha ao lado das pessoas”, diz José Henrique Moreira, da Associação de Moradores de Ratones. Moreira explica que, mesmo com a linha antiga, construída há 20 anos, a população já sofre efeitos negativos do campo eletromagnético, especialmente riscos para a saúde. Os problemas incluem ainda barulhos, risco de acidentes, principalmente com crianças, dificuldade com uso de celulares e internet e restrição de uso da faixa de domínio (local por onde passa a linha).A questão começou a preocupar dois anos atrás, quando moradores de Ratones e da Vargem Pequena souberam que a Celesc iria construir uma nova Linha de Transmissão para abastecer o norte da Ilha e que o equipamento passaria por várias comunidades antes de chegar até a subestação Ilha Norte, na Vargem Grande. As associações de moradores das regiões atingidas sugeriram à Celesc que a nova linha passe no limite das Áreas de Preservação Permanente (APP) e Áreas de Preservação Limitada (APL), que por lei não podem receber edificações, o que reduz impactos sociais e ambientais. “Tivemos alguns encontros com a Celesc, porém, sentimos dificuldades em ver colocado no papel o que se conversa”, afirma Geraldo Von Muhlen, da Associação dos Moradores Sol Nascente. Até o fechamento desta edição, a Celesc não havia se pronunciado oficialmente sobre a questão.Da redação


Jornal Folha do Norte da IlhaRua Quadrangular, 638 - InglesesFone: (48) 3269-1732

Nenhum comentário: